Os momentos finais de Objetos Cortantes são dignos de nota.
Corrigindo, toda a série é digna de nota. A série já começou tensa, e saber que
está em vias de acabar então, deixa o espectador mais nervoso. Haja coração!
Por viver em um distrito pequeno, sei muito bem da necessidade de
alguns profissionais precisarem “mostrar serviço”, ou a comunidade não os
respeita. Desde o princípio, o xerife de Wind Gap seguiu pistas óbvias (para
não dizer imbecis) e conseguiu através do depoimento de Ashley, uma cena digna
de asco, colocar as mãos em uma prova que liga Jhon ao assassinato das jovens.
Mas, o jovem que já sabia de seu futuro tem um encontro bem incomum com
Camille.
Como descrever a cena impactante entre Camille e Jhon? Dizer que
os dois “encheram a cara” e transaram seria raso e “mentiroso”. A jornalista,
exercendo seu instinto “protetor”, leva Jhon para um motel. Não para
escondê-lo, mas para ajudá-lo, então os dois que compartilham marcas no corpo e
na alma (Jhon tem uma mordida da irmã e Camille tem a vida escrita no corpo),
Jhon e Camille perderam alguém que amavam. Então o sexo acontece, ou melhor,
Jhon lê o corpo de Camille sem “horror”, sem julgamentos, e a jornalista que infelizmente
não recebeu muito disso, acaba cedendo e uma cena espetacular, adulta e de
tirar o fôlego acontece assim, um presente. Pesado, mas foi um presente.
Richard que nunca se deixou contaminar pelo “pré-conceito” do
xerife, segue uma pista que leva à uma descoberta impactante. Como se o que ele
viu com Camille não tenha sido impactante o suficiente. Mas, este foi o ponto
chave do episódio, este e o depoimento de Jhon, aliada à conversa franca de
Jackie com um “blood Mary” nas mãos me deixaram impactada. Os flashbacks de
Camille de quem seria a mulher de branco foram espetaculares.
No episódio final, só espero que haja um acerto de contas entre
Adora e Camille. A jornalista merece, a irmã de Camille merece. Se Amma merece?
Não nutro simpatia pela caçula, mas veremos o que o futuro reserva.