Foto: @carol_cruz
Esse livro funciona muito bem como uma introdução à obra da Susan Sontag. Acredito, que se você conhecer os livros dela e depois ler essa entrevista, a experiência trará uma identificação imediata, mas mesmo sem conhecer nada é uma leitura é contagiante e te faz querer ler tudo o que ela escreveu depois de ler essa entrevista.
Jonathan Cott é um entrevistador excepcional fez perguntas precisas e pontuais, mostrando sempre conhecimento de causa e principalmente sobre a obra da entrevistada, fugindo do tradicional, óbvio e superficial. Citando vários trechos das obras da autora e fazendo paralelos com livros marcantes como, Os Irmãos Karamazov de Dostoievski e o Vermelho e o Negro de Stendhal.
A entrevista tem o tom de uma conversa entre amigos, entre professora e aluno e em alguns trechos sentimos o fã excitado ao entrevistar o ídolo. O que mais se destaca é a leveza e liberdade com que a Susan dedica a sua vida, é uma mulher que se cobra muito e que sabe dos próprios limites, da relação com os seus leitores e da parte da vida que quer manter-se para si, é de uma sobriedade genial.
Ela diz que depois escrever um livro ela se desliga completamente daquele assunto, pois ela já disse o que tinha que ser dito e é muito difícil quando as pessoas querem conversar com ela sobre alguma coisa que ela escreveu, e diz que sua opinião nunca é constante, como ser vivo, aprender é quase que forma de vida e estar sempre aberta para poder mudar a forma como enxerga o mundo e mudar de opinião, é inspirador.
É querer por mágica nas palavras e fazer os sentimentos pularem a cada letra escrita, é sentir que o mundo não é o mesmo de antes desse livro, que mudar é poético ou caótico, tudo cabe na poesia que é o passar dos dias, mas não é tudo que se destaca com marca texto, algumas coisas vêm e passam. Susan é inspiração é querer sair de dentro de si e transbordar nas páginas em branco.
Nota: durante a entrevista ela fala do amor aos livros, da paixão pela literatura e cita alguns escritores incríveis (Franz Kafka, Jane Austen, Jack London, Stendhal e após ler Os Irmãos Karamazov (Dostoiévski), disse: "É inacreditável, agora sei por que devo viver." (p.84)
Nota: durante a entrevista ela fala do amor aos livros, da paixão pela literatura e cita alguns escritores incríveis (Franz Kafka, Jane Austen, Jack London, Stendhal e após ler Os Irmãos Karamazov (Dostoiévski), disse: "É inacreditável, agora sei por que devo viver." (p.84)