Eu admito estar familiarizada com o ditado de que “as aparências
enganam”. Eu comecei a ler desde os três anos de idade e nunca mais parei,
desde então Alexandre Dumas, Sir Arthur Connan Doyle, Victor Hugo, entre muitos
outros, têm me surpreendido ao longo da minha vida. Porém, são em sua maioria,
surpresas altamente positivas: uma volta por cima no caso de Dumas; um detetive
que detesta gente, usa drogas, fala com pouco mais de uma pessoa, resolve tudo
que aparece pela frente; uma carta de amor escrita bem no meio da revolução
mais importante de toda uma era; essas são histórias que me cativam e que têm
me prendido ao longo dos anos. Eu sou uma leitora que desde cedo aprecia os
clássicos, pouca coisa entra na minha biblioteca da atualidade e não me diga
que blogueiros ou Paulo Coelho têm coisas interessantes para contar. Não. É o
mesmo que dizer que o Downey Jr. Interpreta bem alguma coisa. Ah vá!
Meu ponto nesse episódio da semana que está relacionado com
minhas leituras é que bem recentemente tenho lido títulos que trazem histórias
de Serial Killers, crimes complexos, vide exemplos da série de Stieg Larsson
com Lisbeth Salander como protagonista, o primeiro título me deixou sem ar.
Como é que pode? Um assassino em série mata pessoas impunemente em um dos
países mais seguros, civilizados e maravilhosos do mundo? O que aconteceu com a
Lisbeth mudou meu eixo de rotação de romances maravilhosos da Jane Austen para
saber como funciona a cabeça de bestas como Charles Manson ou “Chico Picadinho”,
e o que eu descubro a cada dia ainda me deixa com uma sensação de mal-estar
absurda.
Mal-estar, é assim que eu defino o episódio desta semana. Ao
mesmo tempo que você sabe que é tudo ficção com sangue falso, facas e armas falsas,
o que mais ali é falso? O sentimento de insegurança? Pessoas carentes de
atenção, de dinheiro, de amor-próprio são capazes de cometer atrocidades para
preencher essa carência?
A corrupção está tão enraizada no sistema? Existem tantos Kai Andersons por aí mesmo? Tem algum vivendo perto de mim? São muitas perguntas que nós precisamos ter calma para responder e ponderar. Mas uma coisa é certa: já passou da hora de olhar para o outro não com medo de ele (a) ser uma besta, mas sim verificar qual é a carência dele (a), ajudar é uma boa palavra para amenizar o sentimento de medo. Ou tudo que nos restará é acreditar piamente em tudo que é postado no Facebook.
A corrupção está tão enraizada no sistema? Existem tantos Kai Andersons por aí mesmo? Tem algum vivendo perto de mim? São muitas perguntas que nós precisamos ter calma para responder e ponderar. Mas uma coisa é certa: já passou da hora de olhar para o outro não com medo de ele (a) ser uma besta, mas sim verificar qual é a carência dele (a), ajudar é uma boa palavra para amenizar o sentimento de medo. Ou tudo que nos restará é acreditar piamente em tudo que é postado no Facebook.