Vivemos em um momento sócio político “nunca antes” vivido no mundo inteiro. Eminentes guerras, presidentes virando heróis, outros carrascos, movimentos nazistas, movimentos liberais, direita, esquerda, extremistas e tudo o que mais se tem de direito. O caldeirão está fervendo e acompanhar essa ebulição é quase que um dever (se não fosse pra mim um prazer).
South Park é símbolo da crítica sócio política que de vez em sempre se torna vexatória, mergulhada entre o risível e o ridículo. Portanto resolvi voltar a assistir essa temporada que se inicia, mesmo com pouco tempo no meu dia a dia, afinal, entender e debater é, repito, um prazer.
O exagero sempre foi eficaz quando o assunto é expor o ridículo, e foi assim que South Park fez diversas críticas em seu primeiro episódio. O primeiro deles ao direito de protesto que permitiu e permite atos risíveis como o que ocorreu em Charlottesville; o segundo quando ironiza a sensação de que a tecnologia rouba os empregos das pessoas, afinal, é extremamente patético Jimbob, Darryl e companhia substituindo Alexa. Já o terceiro e não menos assertivo da conta dos programas de reforma, sempre redundantes (além é claro de se utilizar do nome ”gente branca” pra novamente citar os movimentos neonazistas).
Saindo um pouco da visão crítica e indo um pouco para o lado pessoal, só eu fiquei com dó da namorada do Cartman? Ela toda fofinha tentando dar o seu melhor e com conselhos ótimos e ele se magoando porque não escuta.
É interessante como a máquina de observação do cotidiano funciona bem entre os roteiristas dessa série, afinal 20 minutos de episódio consegue apresentar críticas das mais variadas possíveis, acertar em todas e ainda abrir caminho para uma temporada que tem tudo para falar do momento ruim em que os EUA se meteu após eleger Trump.
Ansioso por cada episódio que virá, e vocês?