Um episódio com menos ação, mas nem por isso menos
interessante.
A série tem apenas mais 3 episódios para estabelecer sua
qualidade, fazer os espectadores ansiarem pela segunda temporada e ainda deixar
sua marca no cenário de “séries de quadrinhos”. Não sei se Preacher tem tanto
potencial para se destacar como imaginava, mas que aos poucos vem se tornando
interessante, isso sim.
Adoro quando a série começa exatamente de onde parou e dessa
vez isso foi tão importante para mostrar como Jesse reagiu após seu feito sobre
Eugene. Se estávamos imaginando um espanto, horror ou até preocupação por ter
mandado o menino para o inferno, achamos errado. Esses sentimentos todos aí
ficaram por conta de Cassidy, queridinho da galera. Graças a Deus ele viu a
cena, senão quem ficaria contestando Jesse?
Assim como Eugene no episódio anterior, Cassidy também teve
um papel importante de levantar questões que devem percorrer a mente de
qualquer um assistindo os atos de Jesse. O que você vai fazer para trazer
Eugene de volta? O Pastor não passava nem um leve ar de preocupação com o
destino do menino, deixando o desespero só para o final de “He Gone”. E sobre o vampirão, estamos todos aqui
torcendo para que ele volte logo, impossível aceitar Preacher sem Cassidy.
Preciso dizer que Jesse Custer está entrando para a
minha listinha de protagonistas que odeio. Sério. Um personagem que no começo
tinha tudo para se tornar extremamente intrigante, para descobrir o porquê de
ele ter sido o escolhido por Gênesis e o que tem de tão especial nele, agora se
tornou insuportável, prepotente e que afasta todos ao seu redor. Fica até
difícil curtir alguma cena dele.
Falei tão mal do Jesse que preciso defender o porquê que
a série se tornou mais interessante. O ponto alto do episódio, em minha
opinião, foi o fato de Odin ter ido cobrar sua aposta. O acordo era simples:
Odin vem para igreja, Jesse tenta fazê-lo virar cristão, caso contrário o
terreno da igreja era dele. E todos tínhamos acreditado que o cara tinha
realmente entregado sua vida para servir à Deus, tanto que esse fato foi
primordial para termos o espanto quando ele atirou na galera do Campos Verdes.
Mas não é que o “poder” do Jesse não funcionou? Bem, foi isso que deu para
entender. E agora? O que aconteceu? Então o Gênesis tem limitações?
Uma surpresa em “He Gone” foi vermos Tulip em uma narrativa
mais família, cuidando do seu tio, mostrando um lado amoroso da personagem mais
valentona e incrível da série. Vimos também a amizade que ela e Jesse cultivavam
quando criança, a parceria dos dois e a forma que ela era vista pelo pai
Custer. Um olhar que ficou bem semelhante com o que vimos Jesse na última cena
com ela.
Ah, outro ponto positivo desse episódio foi conhecermos melhor
o que ocorreu entre Eugene e Tracy. Entendi que foi o momento certo para
abordarem tudo o que precisamos saber sobre Eugene, dessa forma o carinho do
público pelo menino ficou maior (assim como Cassidy mostrou) e a raivinha por
Jesse maior também, culpando e deixando a entender que por um momento ele
mereceu ir para o inferno mesmo.
“He Gone” teve mais conteúdo, mostrando que para a série
continuar a entreter o espectador será necessário nos introduzir melhor a trama,
o sobrenatural e apresentar todos os lados dos personagens.
Obs.: Quem mais reparou na tatuagem do cara que atira no pai do Jesse?
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