SPOILERS ABAIXO:
Mais dois episódios, mais dois passos em direção ao futuro,
mais dois passos na construção de um herói.
Desde o primeiro episódio acompanhamos Barry se
desenvolvendo como herói, tentando sobreviver aos acontecimentos e lidando com
todas suas decisões. Nesse caminho nada tem sido fácil, nem o desenvolvimento
do personagem e muito menos os caminhos escolhidos pelos roteiristas, os problemas
parecem se acumular na busca pelos resultados. Mas o fato é que mesmo com todos
os erros de roteiro e alguns furos na história, o progresso de Barry é notável.
Dito isso, devo começar com as críticas. Ultimamente tem
sido bem difícil se entreter com os episódios, bem complicado separar os erros
e os dilemas tão rasos mostrados pela série e ainda assim conseguir achar os
acertos. E isso se aplica bem em The Runaway Dinosaur, o episódio tem
consequências tão importantes para o futuro da série, para Barry em sua
trajetória como Flash e tudo que o episódio conseguiu me despertar foi
impaciência. Impaciência por ter que passar longos 41 minutos assistindo tudo
aquilo, impaciência pela forma como resolveram mostrar um acontecimento tão
importante nessa altura da temporada e impaciência por ver mais uma vez a falta
de jeito dos roteiristas para desenvolverem as tramas afinal, o que falta na
série é que eles percebam que não importa só chegar aos pontos certos, a forma
de atingí-los conta tanto quanto.
Desde sempre lidar com a morte da mãe é um dilema na vida do
Barry, tudo muito doloroso, e finalmente ter um episódio capaz de fazê-lo encarar
sua dor de frente e tentar entender todos os acontecimentos de sua vida,
inclusive os ruins, talvez tenha sido o que ele mais precisou até hoje. Mas
o tempo foi errado, em uma temporada de 23 episódios basicamente tem-se tempo
para muitas coisas, inclusive trabalhar muito bem os sentimentos. Na etapa
final de uma temporada o que se espera é episódios bombásticos, que chamem
atenção e valham seu tempo, mas esse não foi o caso.
Quanto a Invincible devo dizer que me agradou mais, não foi
bom, mas foi melhor. No fim das contas
esse episódio foi muito sobre Barry pós-viagem à força de aceleração, todo
confiante, positivo e sem medos, tendo na morte do Henry mais um combustível para
vencer Zoom e um possível equilíbrio para toda confiança. Ver a Laurel (versão
Terra 2) como Black Siren foi ótimo, apesar de nem de longe ela ter sido tão
bem aproveitada como poderia, serviu para lembrar de Arrow já que não dou as
caras por Star City há algum tempo.
Para finalizar, sem querer soar repetitiva, volto ao velho
questionamento, a falta de jeito no desenvolvimento fez mais três vítimas.
Henry um personagem tão importante foi desperdiçado a série inteira com meras
participações e agora quando começou a ser desenvolvido virou motivação para derrotar
o vilão. Outras duas vítimas são Barry e Iris e muito provavelmente nós que
vamos ficar presos nesse romance. Sei que algumas reviews atrás disse que os
roteiristas deveriam logo fazer o romance acontecer já que não tinha jeito, mas
isso foi apenas uma pessoa tentando se
livrar do drama desnecessário. Iris nunca foi a melhor personagem, mas vinha
tentando encontrar seu caminho, se tornando mais suportável e necessária, até a
relação com Barry entrar em questão novamente. Tentei, mas não desce.
Tentar resolver o problema de uma temporada inteira vai ser
a missão do último episódio. No entanto, a única expectativa pelo momento da
série é que esse final de temporada não seja morno demais. Até o Season Finale!
Esse texto foi escrito por: Lorena Alvarenga