SPOILER ABAIXO
De todas as palavras existentes nesse mundo e de meu
conhecimento, não consigo decidir uma que expresse essa season finale do jeito
que ela merece. Vamos aos poucos, pois quem vos escreve é uma pessoa que ainda
se recupera depois dos acontecimentos desse episódio.
O elenco da série veio anunciando ao longo das semanas
que o último episódio da terceira temporada de The 100 seria intenso, revelador
e perturbador! O que de fato foi. Continuando no mesmo lugar em que sua
primeira parte parou, Clarke consegue salvar sua mãe e precisa tomar uma
importante decisão sobre o que fazer, e a missão de encontrar a chave que
desligaria ALIE foi assumida por ela, chave essa que se encontrava na segunda
IA. Em uma reviravolta impressionante Clarke decide colocar ALIE 2 em seu
organismo, mesmo sem ser uma Sanguinária da Noite, de certo modo Ontari foi
útil para a transfusão do seu sangue para ela, tornando o processo possível,
mas não menos arriscado. Abby e Murphy ficaram encarregados de manter, o máximo
que podiam, Clarke em Cite of Lights.
Enquanto isso, Bellamy e sua companhia protegiam o
perímetro do exército de ALIE e a ação do episódio ficou boa parte por conta
deles. Lutando e chegando aos seus extremos outra vez. Em Arkadia, Monty e
Harper conseguem conter Jasper, e quando nossa querida Raven está tentando
encontrar a chave da morte para ALIE, os quatro descobrem indiretamente que
Clarke está em CoL. Essa descoberta garantiu que Raven conseguisse salvar a
vida dela, mais uma vez.
Finalmente tivemos um vislumbre maior de CoL, mesmo
que por pouco tempo. Eu acredito que ao longo da temporada, desde que essa
cidade “milagrosa” fora mencionada e encontrada, eles deviam ter usado um pouco
mais desse espaço. Acho que a insistência de mencionar este lugar e o quão bom
ele era, para mostrar tão pouco foi no mínimo... chato. Acredito que esse arco
poderia ter sido mais explorado de alguma forma.
Clarke consegue, com uma ajuda mais que especial,
alcançar a chave da morte. Não irei mentir, essa foi uma das melhores cenas do
episódio, temos a interação de Clarke, Becca Pramheda e sua criação. Não podia
de deixar de homenagear a atriz Erica Cerra, que interpretou uma das
personagens mais bem construídas que The 100 teve. Seu papel como ALIE
surpreendeu e muito, por vários momentos esquecia que era uma pessoa e não
algum tipo de computação vivendo aquela personagem. Proporcionou sentimentos
diversos e cenas marcantes, nem tão cedo esqueceremos sua importância assim
como a série já foi marcada por sua presença.
Sobre as revelações, para acabar com a dúvida de seu
propósito, ALIE, em uma cena espetacular, nos mostra a razão de querer levar
todos os seres humanos para CoL, motivos esses meus caros leitores, que dará a
linha de continuidade para a quarta temporada. A luta pela vida na Terra mal começou
de fato e o problema que eles enfrentaram agora é muito pior (como se fosse
possível piorar ainda mais). O encerramento da série foi surpreendente para
mim, na verdade subestimei e muito a maneira como acabaria esta temporada e
fiquei muito feliz, pois nenhuma teoria de como seria o desfecho chegou aos pés
do final. Em relação a morte dos minutos finais foi a única coisa que não me
emocionou ou me deixou intrigada, na verdade já esperava que este personagem
morresse e exatamente pelas mãos de Octavia. Eu estava apostando no Jasper,
depois de tudo que passou...
Mas agora necessito falar sobre essa participação, a
qual mais ansiei desde sua saída da série. A ajuda especial que Clarke têm é da
minha, nossa, amada Comandante Lexa. Sua aparição, como sempre, despertou uma
profunda alegria em mim e que melhor hora de chegar se não para defender sua
amada? Lexa foi e ainda é uma das personalidades mais marcantes desse elenco
fantástico, ela teve uma importância tão singular para o crescimento da
história e amadurecimento ferrenho de Clarke. Suas ideias eram o diferencial
entre os grounders, a chance de unir os povos vinha dela e todos vimos isso com
clareza; a maneira ao demostrar sua preocupação com seu povo, inspirar força e
liderança. Perder uma personagem como ela foi algo perturbador e triste! Não
digo apenas pelo casal, afinal o objetivo da série nunca foi esse, mas ter que
deixar partir de forma tão dolorosa alguém tão importante foi, sem dúvidas, o
pior erro do produtor Jason Rothenberg. Ela defendendo Clarke em CoL me deixou
extasiada! Custou ter que deixa-la novamente, mas dessa vez Lexa partiu como
deveria ter partido em vida, lutando! Ela sempre foi uma guerreira e não vou
nem relatar o tamanho de minha indignação ao vê-la morrer em Thirteen de
maneira tão... simplória. Foi um bálsamo ter Alycia nos trazendo Lexa a vida, e
à agradeço profundamente a isso.
Essa season finale, novamente, foi incrível. Me deixou
tão ansiosa pela próxima temporada que só consigo imaginar o quão longe 2017
está. Na temporada passada Bellamy e Clarke ficaram com um fardo pesado a
carregar ao longo desta, e essa situação parece se repetir novamente para
Clarke que dessa vez ela não fugirá de sua responsabilidade, saber como ela vai
encarar as consequências de ter desligado ALIE é o que me regerá até a próxima temporada.
Espero que nos encontremos novamente nessa próxima aventura pela salvação da
raça humana.
Esse texto foi escrito por: Elizabeth Silva