SPOILERS ABAIXO
Como podem notar queridos leitores, este é um
review totalmente novo sobre uma série que ganhou destaque surpreendente dentre
outras inúmeras disponíveis. Se existe
algo que The 100 vem fazendo desde sua primeira temporada é quebrar os
paradigmas do canal em qual é exibida, The CW. Dona das conhecidíssimas The
Vampire Diaries e Supernatural, o que vemos em The 100 é algo totalmente
diferente do padrão das outras séries, tanto no enredo, a caracterização dos
personagens e, até mesmo, o fato dos protagonistas não estarem a salvo e não
voltarem dos mortos (quem assiste as outras séries do canal entende, isso é um
vício deles).
Fomos avisados pelo produtor executivo da série, Jason
Rothenberg, que os episódios finais seriam mais sombrios e até agora não houve
nenhuma mentira. Desde a morte da mais querida e amada Heda Lexa, tudo começou
a desandar para nossos sobreviventes. Polis está sofrendo com o domínio de
Ontari, que fingia ter o Chama (a segunda IA ou ALIE 2), e para não ser deposta
aceita a chave para Cite of Lights que Jaha a oferece conectando-se assim a
ALIE 1. Como consequência, os grounders se veem com apenas duas opções que o
próprio título sugere: junte-se ou morra, tornando ALIE mais poderosa e
mergulhando Polis em sangue, literalmente. Neste cenário encontramos Marcus e Pike, ambos sendo
torturados e subjugados, com a diferença que um deveria aceitar a chave e o outro
por consequências de seus atos. Junto com mais uma atuação fascinante de Adina
Porter (Indra), foi impossível não sentir a dor e desespero por qual eles
passaram.
Na tentativa de depor a nova comandante, destruir ALIE
1 e de algum modo rever Lexa, Clarke parte junto com Bellamy, Octavia e Jasper
em busca da última Nightblood viva, Luna. Como vimos claramente na (finalmente)
morte de Emerson, somente os descendentes de Bekka Pramheda que possuem o
sangue negro podem ter sua IA no corpo. Intriga ver que eles partiram sem terem
resolvidos seus problemas, mas que ainda sim permanecem juntos. Jasper ainda
está na fase de perdoar Clarke, ainda! Enquanto Octavia nem imagina quando
conseguirá encarar seu irmão pela morte de seu, e nosso, amado Lincoln.
Não vou mentir que a aparição de Luna foi um alívio e
para alimentar as esperanças de todos que seja possível acabar com o controle
mental de ALIE 1. Mas como foi dito episódios passados, ela abandonou o seu
povo e renegou a possibilidade de se tornar uma comandante assumindo que não
mataria mais ninguém, recusando assim a oferta de Clarke. Realmente espero que
sua história seja contada por ela mesma para que essas pulgas trás da orelha
saiam de vez e que ela aceite o Chama.
Mas os três pontos altos do episódio, mesmo com tudo
que aconteceu foram outros. Primeiro, flashbacks. Que melhor maneira de falar
um pouco do passado se não usar esse artificio? Sem contar que faz tempo que
vimos isso acontecer desde a primeira temporada, com as revelações sobre o pai
de Clarke. Somos levados a semanas antes do lançamento da nave com os cem para
a Terra, onde Pike dá aula para os jovens delinquentes sobre como sobreviver. O
melhor de tudo, foi a maneira como amarram e fizeram que as cenas não ficassem
dispersas no tempo, mas sim condissessem com cada situação que eles enfrentavam
atualmente.
Segundo, Clarke e Bellamy. É simplesmente incrível o
rumo que a amizade dos dois tomou durante a série. Sempre ali um para o outro,
não importando as dificuldades, ficou mais que claro que Bellamy necessita de
Clarke para trilhar um caminho melhor e como ele a apoia sem hesitar. Juntos,
sem dúvida alguma, eles são mais fortes.
E por último, Radioactive. Não nego que sou uma fã
assumida da banda Imagine Dragons, mas quando ouvi a versão acústica de
Radioactive fui levada novamente para o primeiro episódio da série, que aliás
começa com a dita cuja, e senti aquele leve aperto no peito novamente. Se tem
um ponto que The 100 nunca falhou foi em sua trilha sonora, deixando a música
se encaixar na situação desesperadora que vivemos nos últimos episódios.
Espero que tenham gostado e que nos encontremos
novamente no próximo episódio!
Esse texto foi escrito por: Elizabeth Silva