SPOILERS ABAIXO
Desculpem o atraso monstruoso para soltar essa
review, pensei até em montar um combo com os dois episódios recentes, mas
prefiro um texto de cada vez, dando a atenção para os episódios de forma
separada. Banshee merece esse cuidado.
Estou aqui com o episódio pausado em cerca de 20
minutos e comecei seriamente a perceber eu estava muito errado ao imaginar que
a série deixaria a busca por Job apenas para a segunda parte da temporada para
encerrar a série nesse arco, e que ao invés de abordar a busca por Job, Banshee
se focaria primeiro na morte da Rebecca. Pelo visto o “Caso Rebecca” parece
mesmo ser o arco principal da temporada.
E foi só apertar play para ter certeza disso. Nas
cenas seguintes vimos que não só entramos de vez nos rastros de Job, como o
relógio começou a contar e deixar o tempo curto. Claro que preciso dizer que
isso nem sempre faz muito sentido, que depois de tanto tempo tentando conseguir
pistas e nada, de uma hora pra outra conseguimos pistas, conseguimos achar um
vilão que dava aulas tranquilamente em uma faculdade e as coisas começaram a
andar. Bem incoerente, mas eu desisti de cobrar essas coerências de roteiro em
Banshee faz muito tempo, esse nem é bem o motivo que assisto a série. Banshee é
pra mim o suprassumo do entretenimento, preciso dela pra me divertir e para ter
momentos de ações aceleradas sem ter que me preocupar com o que é plausível e o
que não é.
De qualquer forma, encerramos mesmo que parcialmente
esse arco e não acredito que retornaremos nele. Isso me fez perceber que mesmo
Banshee encerrando a temporada anterior indo do micro para o macro e aumentando
as suas fronteiras, o caminho percorrido agora foi o inverso. A série deu um
passo atrás e abortou a ideia de fazer algo maior que a cidade e fora dela e
iniciou essa primeira parte da temporada corrigindo seus rumos e voltando para
o micro, voltando para dentro da cidade de Banshee os seus olhos.
Nessa altura do campeonato, o episódio também já
dava pintas de que andaria com a morte da Rebecca e que teríamos novas pistas
que acelerariam de vez o ritmo da investigação (ou não, porque prender o Hood
não muda nada).
Outros plots secundários também tiveram menções no
episódio: o primeiro deles, e que eu não me importo muito, tem haver com os
nazistas que aquela traição entre irmãos que vem se desenhando bastante
dramática. Pude ler alguns textos na internet com pessoas interessadas mais com
isso do que com os plots principais e fiquei me perguntando o porquê disso.
Afinal é uma briga que vai gerar tiroteio e pancadaria, mas é praticamente raso
e vazio de roteiro, não vejo mudanças significativas aqui que alterariam o
final da série. Talvez se fosse mais uma temporada qualquer e não a última, aí ok porque teríamos isso acontecendo em segundo plano e convergindo no final da
temporada como sempre converge, com cenas de ação e tiroteio, mas estamos em
uma temporada derradeira onde isso acaba sendo só mais uma coisa comum.
De qualquer forma é isso que vai acabar
acontecendo, teremos uma temporada final onde os roteiristas parecem optar por
entregar exatamente o que o seu público está acostumado a ver. É até honesto
com a própria série, mas mostra um pouco de covardia em correr riscos e querer
ser maior. Resumindo, Banshee me disse nesse episódio que quer ser exatamente o
que é, e eu como fã não posso criticar, mesmo achando que a série poderia ser
maior.
Por falar nesse plot, queria também abordar um
estereótipo que não cabe muito a minha pessoa questionar, mas espero que as
mulheres concordem comigo. A personagem que está entre os dois irmãos é só um
aperitivo para as cenas de sexo? Ela tem importância no roteiro apenas para
causar a rixa e servir de “o par romântico”? Acho extremamente temerário inserir
uma personagem feminina apenas para suprir esse tipo de lacuna, mas espero
sinceramente que ela ganhe espaço e eu esteja errado.
Outro micro plot levemente citado e que pode gerar
uma nova briga entre o nosso time de anti-heróis contra o Proctor (talvez a
última delas). Esse plot está relacionado à recente vigilância que Carrie tem
feito na cidade ao espancar aqueles nos quais Banshee não condena.
A Briga aqui deve ser primeiramente entre Cruz e
Carrie (aonde obviamente já vem se criando uma tensão) e depois deve ganhar um
pouco mais de dimensão.
Só para finalizar, nem vou dar muita importância a
Hood sendo preso, afinal, logo depois, mais um assassinato aconteceu e ele vai ser
solto. O importante no episódio é que teremos nossa equipe junta novamente e
que o perfil da temporada foi definido sem sombras de dúvida. Arco principal: a
morte da Rebecca; brigas entre gangue envolvendo os nazistas e Proctor; algumas
brigas localizadas como: os irmãos, como Carrie e Cruz, Hood e Proctor (isso
tem que acontecer, façam suas apostas) e assim por diante. Vamos fechar a série
com praticamente o mesmo perfil de roteiro que tivemos até aqui.
Obs.:1: Já
que citei o Proctor vale comentar a carência que ele tem sentido depois da
morte da sua sobrinha, ao ponto de pegar a primeira órfã na rua e levar para
casa pra cuidar, totalmente avulsa no episódio, mas que me fez por um minuto
pensar que ele (Proctor) é o serial killer (de qualquer forma, só vou citar essa
teoria maluca se caso eu tiver alguma confirmação dela daqui para frente).
Esse texto foi escrito por: AlvaroLuizMatos