SPOILERS ABAIXO
Se me perguntassem hoje: Dona Barbara você recomenda Chicago Med?
Eu diria sem pestanejar um belo Não, mas Dona Barbara você ama as produções do
Dick Wolf, por que disso? Porque não está me prendendo, não está interessante,
não está bom, então quer dizer que é ruim? Não, não, não, mas também não é bom,
entretanto não é ruim a ponto de largar, sabe quando você assiste uma série
arrumando a sua mesa ou fazendo as unhas? Eu vejo Chicago Med assim, e é claro eu estou na expectativa que a série vá
melhorar, estamos no sexto episódio e infelizmente, não vi crescimento nem no
enredo, muito menos nos principais personagens, então, vamos falar sobre Bound?
VAI NASCER! Finalmente, o bebê de Nat vai nascer e é claro, será um evento no
hospital. Nat estava se sentindo desconfortável a dias e a bolsa rompe durante
uma consulta com Reese, assim, Manning deixa Reese a cargo dessa complicada
consulta, enquanto ela vai ter seu filho. Sua ajudante no parto é Maggie, mas
acaba que ela passa tal batente para Will, por não ter ninguém para substituí-la e por no fundo ela queria dar uma de Eros para cima deles que eu sei... Mas
isso não dura muito, pelo menos até a sogra a.k.a senhora da malevolência chega
e pega Will ajudando Nat a caminhar e não gosta nadinha disso. Na primeira
oportunidade, a megera mostra as asinhas e deixa claro o que acha sobre as
intenções de Will e olha, não é porquê não shippo eles que serei falsa, eu
concordei com a tia, viu? Nat perdeu o marido a 7 meses, nem tirou a aliança
ainda e acabou de ter o filho deles, vocês acham que ela está pensando em começar um relacionamento? E se tiver
pensando, por favor, moça, terapia em você! Não é hora nem lugar para isso, por
isso sou contra essa relação, é sem propósito, sem sentido algum. Will pode
gostar dela? Claro, mas ele tem que saber que não tem espaço na vida dela
agora, e volto a bater na mesma tecla da atuação: o casal não tem química
alguma e minha vontade de continuar assistindo a série diminuí quando tem cena
deles.
E vocês lembram que eu disse que ia dar
uma treta no parto da Nat? Deu, e achei sem necessidade, ainda mais por ela
ter tido uma gravidez tranquila, porque justamente na hora do parto tinha que
enfiar um problema tão sério, mas que foi facilmente resolvido com a ajuda da
Santa Maggie? Se a intenção foi deixar o público desesperado, pode ter
funcionado com alguns, para mim não fedeu e nem cheirou. No mais, a cena final
foi bem amor, gostei de ver todo o elenco indo congratular a Nat numa cena
digna de final de temporada.
Um dos poucos arcos da série, ao qual me interessa, é envolvendo Rhodes e sua família. Quando Will começou a implicar com Connor, achei infantil e imaturo, Rhodes provou várias vezes que não é um filhinho de papai e conquistou sua posição como médico por mérito, então, entrou a questão da posição social dos Rhodes e Will novamente ali batendo na tecla da amargura, mesmo com alguns momentos ele e Rhodes formando uma boa dupla. Para mim, isso é apenas uma tentativa de colocar um conflito entre os dois protagonistas, mas sem um motivo pertinente a história, entretanto, novamente tivemos uma outra comprovação do bom caráter de Connor, e Will levou outro tapa na cara pelas suas desconfianças.
A história da família de Rhodes é bem mais trágica do que pode se imaginar e Connor teve todos os motivos do mundo para ser a pessoa a qual Will lhe acusa ser, e ele foi pelo outro caminho. A mãe de Connor, Elizabeth se jogou do telhado de casa quando ele tinha dez anos, por mais que o Sr. Rhodes diga que ela tinha problemas psicológicos graves, Will diz conhecer outra versão da história, versão essa que lhe afastou do ninho de cobras de sua família. Entretanto, eles dão um jeito de assombrá-lo, o aniversário de morte de Elizabeth chega e Sr. Rhodes aproveita a data para doar um milhão de dólares para o hospital construir uma ala psiquiátrica, lógico que Charles adorou tal coisa, mas Sharon ficou desgostosa, como Connor ficou bem inconformado com tal coisa, ainda mais por saber que o pai está se auto promovendo com isso. Com toda certeza tem podre no Reino dos Rhodes e até o final da temporada vamos descobrir se Elizabeth morreu por conta de uma doença ou foi, porquê não, assassinada por saber demais.
Outro arco interessante abordando Rhodes foi o seu caso médico
dessa semana. Ele ficou encarregado de cuidar de um casal recém chegado num
estado grave, a jovem ao despertar revela ser imigrante e fugitiva, pois seu
pai abusivo queria lhe vender, ela acabou saltando de um avião e machucou-se
gravemente. Por outro lado, seu irmão quem estava lhe ajudando em tal escapada,
morreu no ato, então, o hospital acabou ajudando a imigração e mandaram a moça
embora, mesmo estando num estado delicado. Por mais interessante que o arco
tenha sido, ele acabou sendo em vão, pois Connor ficou de mãos
atadas em tal situação. Eu gostei e desgostei do enredo, para que desenvolvê-lo
se apenas foi um fardo para Connor? Ele não pôde fazer nada por ela, além de assistí-la
ser arrancada dos seus cuidados, diferente de Choi que ajudou a sua paciente no
1x02 a escapar da polícia, foi certo ou não? Vai saber, entretanto ele foi
capaz de fazer algo que ele acreditou ser o certo e Connor, o que ele aprendeu
de tal arco? A tomar mais iniciativa? Hmmm, veremos.
Por fim, tivemos o arco mais intenso e dramático do episódio e aos meus
olhos foi a minha história favorita até agora, com a minha personagem também
predileta.
Como ressaltei no inicio, Nat estava cuidando de um caso com Sarah quando sua
bolsa estourou e ela teve que largar tudo nas mãos de Reese, a pobrezinha
surtou, ela é uma residente, logo ela não tem o jeitinho e facilidade para
lidar com algumas situações, como os outros, como aconteceu nesse caso. O
menino tratado pela dupla médica chegou ao hospital com uma contusão, Reese
chamou Nat para confirmar seu prognóstico, mas Manning achou melhor fazer
alguns exames apenas para garantir e foi a sua melhor decisão, até então. O
exame revelou que o menino tem no máximo cinco anos de vida e talvez, o seu
irmão mais novo possa ter a mesma doença, agora, imagine a novata Reese tendo
que dar tal notícia? Ela recorre a Charles para lhe auxiliar. Foi um arco
delicado e complicado, mas desenvolvido com maestria dando um enorme
desenvolvimento profissional e de caráter a Reese e firmando a ótima dupla
formada por ela e Charles.
Reese tem mostrado ser uma jovem esforçada e apaixonada por seu trabalho, conhecendo a delicadeza dele, ela tem inseguranças óbvias, como qualquer médico deveria ter, é empática, solidária e inteligente, gostaria de fazer uma ressalva à atriz: ela é ótima, de todos, ela é a atriz mais expressiva e mais entregue a sua personagem, e esse arco foi determinante para lhe dar atitude e iniciativa, ela com toda certeza terá um papel importante como futura pediatra e esse arco foi determinante para isso (mesmo que eu torça muito para ela ir para o lado da psiquiatria). A reação do paciente foi sensacional, foi uma lufada de esperança no meio da tragédia e é um exemplo de como administrar bem um arco num episódio: com inicio, meio, fim e uma lição aos personagens envolvidos.
No mais, gostaria de informar a ausência da April (só apareceu nos comes e bebes), do irmão da April e do tal Joey, os dois últimos foram introduzidos no último episódio, mas não teve continuidade no episódio Bound, o que é um terrível erro de sequência. Os personagens acabaram de chegar à série e precisavam estar nesse episódio para poderem desenvolver melhor suas presenças, principalmente no caso do Irmão da April que tem uma dinamite na mão e claramente ele não mostrou ter resolvido isso, ou Choi teria tido a oportunidade de se desculpar com Rees, para que empurrar esse arco? Para mim, isso é erro de continuidade ou pior de edição, espero que isso seja consertado, pois a série não está andando bem com suas pernas, odiaria que ela tivesse que buscar ajuda de muletas para continuar!
Vamos ver o que acontecerá no próximo episódio de Chicago Med que irá ao ar no
dia 26 de janeiro. O que será que Dick Wolf e sua equipe nos reserva?
Esse texto foi escrito por: Bárbara Herdy
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