SPOILERS ABAIXO:
Até agora, “Fallback’’ é o melhor episódio da temporada de Chicago Med e Barbara aprendeu muitas coisinhas sobre a série com esses episódios, meus queridos leitores.
Para começar: Esse episódio sobre ações e reações. As decisões do passado de Connor retornam em sua vida como uma Wrecking Ball na forma de um candelabro no estômago de um antigo amigo. Will precisa consertar as consequências de sua impulsão emocional. Nat precisa superar suas perdas e deixar de ser chata (tá, isso foi bem pessoal).

Para começar: Esse episódio sobre ações e reações. As decisões do passado de Connor retornam em sua vida como uma Wrecking Ball na forma de um candelabro no estômago de um antigo amigo. Will precisa consertar as consequências de sua impulsão emocional. Nat precisa superar suas perdas e deixar de ser chata (tá, isso foi bem pessoal).
Eu não gosto da Nat, ponto. Se eu trabalhasse nesse hospital eu fugiria da Nat
na salinha do café com toda certeza. Ela pode tocar Chandelier no violino ESPECIALMENTE PARA MIM e eu não conseguiria nem sorrir. Vou me explicar: ela é legal, é gente boa
e é muito simpática. Pontos para ela, mas se vitimiza, o que me irrita, profundamente. O público está encantado pela personagem, mas eu não consigo
chegar nem perto de achá-la interessante e esse episódio foi o cúmulo para mim.
Ela se fazendo de difícil aos pedidos de perdão de Will foi demais para mim. Will
(irei falar sobre ele já já) pode não ser a melhor das pessoas, mas ele não
estava errado em sua acusação. Como só fomos apresentados a Nat a pouco tempo, não
dá para saber que tipo de médica ela era antes da gravidez, e como a conhecemos
apenas assim, eu concordo com Will: ela não está pensando como médica, está
pensando como grávida, já que todos os seus arcos envolveram bebês, gravidez e
decisões extremas. Will errou ao arrancar o cilindro dela? Sim, mas ela está se
vitimando ao colocar toda a culpa sobre ele – e o pior, ele caiu nessa. Sim,
existe uma forte tentativa do roteiro de colocá-los como um casal, sim, muitos
estão shippando eles, sim, não dou a mínima para isso e continuo não sentindo nem
cosquinha quando vejo eles juntos, não tem química, não tem paixão, não tem
sentimento, só uma amizade.
Connor MARAVILHOSO Rhodes. Que homem, senhoras e senhores! Esse episódio não
foi feito para ele, e sim para TODA A SUA FAMÍLIA. Dick Wolf não joga um arco
sem dar nó nas pontas antes e é isso que ele delimita e complementa aqui, pois
ainda tem MUITO pano na manga envolvendo a família Rhodes. Desde o piloto
sabemos que: Connor cresceu num bairro rico de Chicago e estudou nos melhores
colégios (provavelmente), mas optou uma Universidade abaixo de suas
expectativas. No episódio anterior, descobrimos que ele não é apenas rico, mas
é filho de um dos mandas chuvas de Chicago e o seu pai tenta se reaproximar do
filho, apenas para receber uma voadora como resposta. Connor não tem interesse
de remendar seus laços com sua família e os motivos ficam claros em “Fallback”.
Num primeiro momento, não temos nenhum drama mexicano para tal decisão, ele
apenas quer seguir o próprio caminho, invés de seguir o destino esperado por
todos. Imagine o lixo em forma de ser humano? Esse é o Senhor Rhodes, mais
conhecido como o Senhor das Trevas. Ele é manipulador, mesquinho, falso e hipócrita, ele tem poder para ter tudo que ele quer exatamente da forma a qual ele deseja,
o problema é que Connor fugiu disso e agora, Senhor das trevas faz de tudo – e mais
um pouco – para conseguir prejudicar o filho de algum modo, em que ele
necessite de seu auxilio. Fiquei muito feliz com a posição da administradora
Sharon. Ela não apenas mostrou ter caráter, como também deu um voto de confiança
em Connor. Aliás, o último diálogo entre eles foi bem bacana. Com sutileza,
Sharon ajudou Connor a ver que ele tornou-se o homem a qual sempre quis ser. Quanto
a Evangeline Lilly, opa Claire Rhodes não consegui formar uma opinião sobre
ela, apenas a achei bem sem sal, ainda mais por ser manipulada pelo Senhor das
Trevas igualzinho a uma marionete de cordas.
Agora quanto a Will. Ah, Will. Você sabe que eu gosto desse seu jeitinho debochado
e espertinho de ser, mas assistir você lambendo o chão ao qual Nat anda me
irritou – profundamente. Independente de você estar apaixonado por ela ou
gostar dela como amiga, não acredito que NINGUÉM em nenhuma situação deve se
humilhar a esse ponto. Existem tantas formas de reconquistar a confiança de
alguém sem ser patético com isso e honestamente, eu acredito que você foi e
muito, como disse lá em cima, Nat está tão errada quanto Will. Talvez a
intenção dos roteiristas seja essa mesma, por que sejamos sinceros: quantas
pessoas assim você conhece? Eu conheço várias. No entanto, não dá para defender
nenhum dos dois, achei profundamente exagerado todo esse arco de um pedindo
perdão e a outra fazendo um drama desnecessário.
Por outro lado, confesso que se foi lindo assistir Nat tocando violino com sua
paciente prestes a perder a audição a confissão do Will está no mesmo patamar
de ter sido, nesses três últimos episódios estamos assistindo Will patinar de
um caso pior que o outro e o seu desespero em buscar uma forma de salvar o
paciente, independente de ser um salvamento viável vide o episódio passado.
Esse ímpeto de salvar todos os pacientes aos quais cruzam seu caminho está
mostrando que Will vai além de um cara arrogante: ele se importa. Ele quer
deitar a cabeça no travesseiro a noite e saber que encontrou uma resposta. Não
é a toa que no episódio passado ele dispensou a Zoe para pesquisar onde errou
no caso de seu paciente. Então quando ele confessa a Nat que aquele é o seu
único talento e ele não tinha noção das perdas quando prontificou a lutar por
esse dom mostra um lado quase ingênuo de Will. Ele queria apenas salvar as
pessoas, então veio às perdas, as mortes, a incapacidade e o desconhecimento.
Isso ainda pode dar muito pano na manga.

Seguindo a dramaticidade apresentada nos casos anteriores, “Fallback” teve três
ótimos casos nessa semana: o empalamento do amigo de Connor (que cena, amigos
leitores, que cena!), o caso da violinista, de longe o caso mais interessante e
dramático, e por fim mas não menos importante o caso envolvendo o soldado e sua
esposa. O mistério em torno desse último caso dá um tom semelhante ao do caso
da jovem grávida que abandonou (ou não?) o seu bebê. O desenrolar desse caso,
no entanto teve um final para o público, como aconteceu com ‘Marvel’s Jessica
Jones’, eu sinto que aqui temos um leque enorme de personagens, mas me
pergunto: Todos são importantes? Estamos apenas no terceiro episódio, mas
gostar de ver Sarah, Maggie e Choi ganhando mais e mais espaço. Esse espaço
está vindo num caminhar de bebê, mas está vindo.
Ótimo episódio, casos excelentes e muito bom o desenvolvimento dos personagens,
principalmente Connor, Maggie e Sharon.
Esse texto foi escrito por: Bárbara Herdy