Spoilers Abaixo:
Foi procurando uma série mais “trash” que encontrei
You’re the Worst, um humor mais ácido, mais bagaceiro e que “chuta o balde”
constantemente. A primeira temporada voou para mim e agora como o mais recente
fã da série resolvi voltar as minhas rotinas de reviews nessa nada emocionante,
mas muito engraçada história.
Vamos juntos analisar a segunda temporada episódio
por episódio.
No primeiro episódio tivemos uma síndrome (muito
prematura, diga-se de passagem) de casal que não quer envelhecer ou deixar de
curtir a vida pelo simples fato de estar namorando. A crítica aqui é clara,
afinal curtir a vida não significa apenas endoidar e pirar bebendo, nós fãs de
séries sabemos muito bem que curti a vida também da pra ser bem mais calmo que
isso. Mas já que eles escolheram usar qualquer droga que aparecesse na frente e
depois roubar um carro da Google (a referência não poderia ter sido mais clara)
não serei eu o mala a dizer que não deve ter sido bem divertido.
O que me preocupa muito é o rumo que alguns
personagens vão tomar, um casal secundário com a ninfomaníaca tardia e o nosso
soldado parece ser mesmo um destino provável, até porque o roteiro fez questão
de bagunça-la totalmente e deixa-la no nível do não menos transtornado Edgar
Quintero.
E isso ficou ainda mais claro no segundo episódio,
a relação se estreitou um pouco e o “casal” ganhou mais tempo de tela. Lindsay
parece ainda não ter percebido o encantamento do Edgar por ela, e pra piorar
tem sido ainda mais infantilizada pelo roteiro do que já era. O que foi aquela
cena nada sexy com a boca toda suja, um osso de frango e uma encarada? É
totalmente contrastante com a cena quente de sexo no carro na ultima temporada,
onde ela parecia apenas uma mulher confusa e não uma criança mimada. Antes eu
até queria os dois juntos, ver Lindsay e Edgar próximos, mas esse episódio me
fez dar um passo atrás e por um momento torcer muito pra que ele saísse com a
garçonete.
Já Gretchen tenta superar seu momento “não tenho as
minhas próprias coisas” a procura de um espaço na casa do Jimmy. Não sei vocês,
mas toda mudança que fazemos é complicada, nos primeiros momentos não parece
que estamos na nossa casa, aquele lugar ainda não parece o nosso lar; imagina
se mudar para a casa de alguém tão controlador e organizado com as coisas como
Jimmy?
Por outro lado, mesmo que esse processo seja cansativo,
ele é um dos mais emocionantes na vida das pessoas.
E pra encerrar a busca por inspiração literária de
Jimmy até me fez acreditar que ele conseguiria, mas me enganei bastante
naqueles pouquíssimos bons momentos de procura por um personagem ideal.
Se pararmos para pensar o ritmo do primeiro
episódio e do segundo foram tão semelhantes quanto agua e óleo. O primeiro,
assim como o que deu início e o que encerrou a primeira temporada, teve um
pouco mais daquele show de acontecimentos um por cima do outro; já o segundo se
assemelha a aquele copo de agua com açúcar que sua mãe te trazia quando estava
nervoso, um pouco mais lento, dando o tom que acredito que veremos durante a
temporada.