
SPOILERS ABAIXO:
Game of thrones é conhecida como
uma série cruel onde apegar-se a personagens é algo perigoso. Nesse universo
onde ninguém está seguro é quase certo que o próximo personagem a morrer será o
seu favorito, por isso, a saga possui um grande número de storylines
finalizadas que deixaram muita saudade e ao fazer uma mínima menção às mesmas
cria um grande sentimento de nostalgia naqueles que a acompanham. Pois o
caminho desde a viagem do rei Robert foi longo e o telespectador, assim como o
norte, se lembra.
É impossível não começar falando
de algo tão marcante como o duelo que Cersei e Margaery travam nessa temporada.
As duas jamais foram amigas, mas nunca antes suas indisposições e intrigas
atingiram o épico nível de um jogo de xadrez. Não existe outra definição melhor
para esse combate pelo controle do rei. E essa é a parte engraçada: alguém ter
que controlar o rei. Tommen ainda é um garoto aprendendo a governar (quando a
Cersei permite) e se impor (quando a Margaery o manda). Essa é uma trama que
vale mais do que o personagem: O homem mais poderoso de Westeros é um capacho. Mas voltando ao embate de rainhas... A
forma como a Cersei isola a Margaery dos seus parentes mais próximos para
deixá-la desprotegida, enviando Mace Tyrell (cercando de homens de sua
confiança) para uma tarefa de grande honra e armando para o Loras em
contrapartida de ganhar a confiança do Alto Pardal não é apenas um retorno
daquela rainha jogadora da primeira temporada, é o jogo dos tronos em sua forma
mais autêntica. É Porto Real como era nos tempos de Mindinho e Varys. Mas
vale salientar que a Cersei anda por um terreno perigoso com a Fé Militante e a
Margaery ainda deve revidar. Resumindo: A briga apenas começou.
Em Dorne, Bronn e Jaime iniciam sua missão de resgate à princesa Myrcella e os dois apenas comprovam minhas especulações de que formariam uma dupla quase tão boa quanto Bronn e Tyrion. Cenas como o Jaime se recusando a remar por causa da sua mão, o diálogo sobre como se quer morrer e a cena de luta com os dorneses foram alívios bem-vindos na trama.
Em Dorne, Bronn e Jaime iniciam sua missão de resgate à princesa Myrcella e os dois apenas comprovam minhas especulações de que formariam uma dupla quase tão boa quanto Bronn e Tyrion. Cenas como o Jaime se recusando a remar por causa da sua mão, o diálogo sobre como se quer morrer e a cena de luta com os dorneses foram alívios bem-vindos na trama.
Do outro lado do mar estreito,
Arya começa seu treinamento para tornar-se um homem sem rosto. Não houve grande
avanço em seu plot, entretanto a cena onde a garota não consegue livrar-se de
sua espada foi um momento intrigante: ela não quer esquecer-se de quem é. Logo
ela, quem assumiu tantas identidades. Mas Arry e tantos outros nomes que ela
teve eram simplesmente uma questão de sobreviver, sobreviver para se vingar.
Foi um momento nostálgico e humano em seu núcleo apenas comparável ao seu quase
encontro com Robb e Catelyn na terceira temporada.
E falando em nostalgia, esse foi
um tema recorrente nos episódios. Em ambos. O seriado traz de volta histórias
como A rebelião de Robert, a mãe de Jon Snow e Winterfell. Não podemos nos
esquecer de Winterfell. Ver o castelo dos Starks novamente foi quase como
trazer a casa de volta à vida. Foram cenas poderosas e Sansa as fez acontecer.
Acho que fui precipitado em criticar esse desvio dos livros, pois, nesse
núcleo, ele funciona muito bem.
Na Muralha, Jon impõe respeito como Lorde Comandante. O bastardo cresce no papel e, surpreendentemente, Kit Harington para de fazer cara de paisagem e o acompanha. Os diálogos do personagem com Stannis continuam a ser um ponto alto. Esclarecedores e hipnotizantes, mantem a qualidade do roteiro nas alturas.
Na Muralha, Jon impõe respeito como Lorde Comandante. O bastardo cresce no papel e, surpreendentemente, Kit Harington para de fazer cara de paisagem e o acompanha. Os diálogos do personagem com Stannis continuam a ser um ponto alto. Esclarecedores e hipnotizantes, mantem a qualidade do roteiro nas alturas.
Eu quis deixar o melhor para o
final: Daenerys. A rainha perde de vez o controle sobre Meereen. Com filhos da
Harpia atacando em plena a luz do dia, ela perde vários Imaculados em uma luta meio
esquisita cujo único propósito era isolar mais ainda mãe dos dragões, matando um
de seus melhores conselheiros: Sor Barristan Selmy. Claro, a morte não estava
nos planos da produção mas o ator pediu para sair e isso foi até bom para
esticar um pouco a storyline da personagem que já está quase, quase alcançando
os livros.
Com roteiros bem desenvolvidos e
focados no andamento da trama, High Sparrow e Sons of the Harpy foram capítulos
importantíssimos na corrida pela chegada do temível “episódio 09”. Fluídos, os
episódios souberam expressar todo o sentimento de seus personagens e, dadas as
proporções, conectar-se com o passado de série.
Nota: 8,5
Menção honrosa: Jorah pretende
usar o Tyrion como presente para voltar as graças na corte de Daenerys.
Menção honrosa²: As Serpentes de
Areia são finalmente introduzidas. Não há muito sobre elas no momento, apenas sede de sangue.
Menção honrosa³: Conhecemos um
lado oculto do Stannis: pai amoroso.
Assista a promo do próximo episódio:
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