SPOILERS ABAIXO:
Certamente vocês já
devem ter ouvido e até cantado em coro o seguinte verso: “Oso oso oso, de
virada é mais gostoso!” Pois é essa a sensação que tenho agora após ter
assistido este décimo episódio dessa que dizem que é a série preferida do presidente
Barack Obama.
Isso, meus caros
amigos, acontece por dois motivos: primeiro pela fase em que Homeland se
encontrava e que agora presenciamos a reviravolta que eu tanto ansiava e
segundo por termos visto a evolução do personagem Brody que chegou ao fundo do
poço, conseguiu se reerguer e agora surpreendeu a todos mantendo o foco na
missão quando até os líderes já tinham se dado por vencidos.
Emocionante do início
ao fim é essa a única maneira que posso definir o episódio. Fico feliz por
terem preferido passar logo toda a segunda fase do plano em apenas um episódio
e da forma que foi. Matando dois coelhos de uma cajadada só: o primeiro foi por
terem optado em não enrolar tanto na série dividindo estas cenas em mais de um
episódio correndo o risco de mais uma vez ser criticada por “encher linguiça” e
a segunda pelo fato de que assim a moral da série foi levantada, tivemos cenas
dignas de Homeland, o que não víamos há muito tempo, aposto que o senhor Obama
ficou radiante.
A atuação de Claire
Danes foi um trunfo à parte, quem
foi que não pediu calma a ela (gritando para a tela do computador ou da
televisão) assim que o carro sofreu a explosão sabendo que em mais um ou dois
segundos ela entraria em pânico e sairia correndo da sala de operações? Quem não teve vontade de chorar junto com
ela quando Brody conseguiu sair do carro e ainda salvar o outro? Quem não se
desesperou junto com ela quando Brody insistiu em continuar a missão mesmo
sabendo que nada mais poderiam fazer por ele? Quem foi que não se emocionou
quando Brody disse com todas as letras que faria aquilo, pois sabia que ELA não
o deixaria, que ELA não desistiria dele e que ELES podiam fazer aquilo? E
finalmente quem não teve vontade de abraçá-la quando tudo acabou? Eu senti tudo
isso. Repito, Good Night rompeu de vez a má fase da série e eu torço para que
assim continue.
Eu atribuo essa má
fase de Homeland, que espero ter sido superada para sempre, à morte de seu
roteirista e produtor Henry Bromell. O último episódio por ele escrito foi Tower
of David, o acontecimento gerou um impacto direto no andamento da série, que
cabeça a minha não ter percebido isso antes. Agora dá até para entender e
respeitar. Henry faleceu devido a um ataque cardíaco em março desse ano, quem
terminou de escrever o terceiro episódio foi seu filho. Ao menos ele viveu para
receber o Emmy de Melhor Série Dramática e muitos outros prêmios pela série.
Veja a promo do próximo episódio: