SPOILERS ABAIXO:
Costumo me
amedrontar com séries que se popularizam rápido demais, pois o mais comum é
cegar-se aos erros, defendendo com unhas e dentes sem enxergar um palmo à
frente. Isso, infelizmente, já aconteceu com Sleepy Hollow.
Estou gostando da
série, dos arcos, dos plots e do formato de roteiro procedural que resolveram
seguir, mas não posso deixar de citar alguns erros de elenco e algumas
previsibilidades.
Primeiramente vamos
analisar a série. O que me chamou a atenção foi o arco principal que procura
levantar vários suspenses e guardar diversos segredos. Nesse ponto eu comparei a
série com Grimm, pois ambas tratam do sobrenatural, de uma história popular, envolvem
segredo, e inevitavelmente possuem um caso por semana. A diferença aqui é o
elenco, e nesse quesito Grimm se destaca por ter personagens mais carismáticos
e até um timing cômico essencial.
Exemplo disso é a
sofrível atriz principal de Sleepy Hollow, que é um tanto sem sal e sem açúcar
(só convence com muito esforço de aceitação por nossa parte).
Olhando por outro
lado, podemos diferenciar positivamente Sleepy Hollow no fator qualidade
audiovisual (por se tratar de uma produção mais cara e com efeitos especiais
muito mais aceitáveis), o tom de suspense e terror que a série imprime durante
seus episódios, e principalmente com o arco histórico da série (que a meu ver
enriquece a trama). O que não quer dizer que o cara precisa usar a mesma roupa
o tempo todo.
Por esse e por
outros motivos a série consegue prender-nos durante todos seus quarenta
minutos, com histórias antigas interligadas e um suspense muito bem criado.
Tenho um pouco de medo apenas que os roteiristas se percam nas referências e
viagem muito em suas histórias, pois é muito fácil citar algumas escrituras e
inventar todo o resto em uma torrente de informações que pouco pode agregar.
Essa semana, assim
como nas últimas, teve mais um caso que nos direciona a tônica na série, muito
procedural e pouca resolução real. O próprio cavaleiro sem cabeça não aparece
desde o piloto, e isso mostra que o foco é prender-nos na história e não
desenvolver o roteiro de forma efetiva. Isso só me faz acreditar que os
roteiristas têm muita coisa pra contar, mas que vão utilizar isso durante várias
temporadas (única coisa que me incomoda nas séries).
Disse a pouco que o
arco histórico enriquece a trama da série, e gostaria de citar esse episódio
como prova cabal disso. As cenas na igreja com aquela trilha sonora, esculturas
de anjos por volta, não fazem toda a diferença?
Enfim, esse foi mais
um resumo do que vimos até aqui na temporada, e semana que vem voltamos para as
reviews semanais. Combinado?
Espero seus
comentários e suas opiniões.
Texto de: AlvaroLuizMatos - @AlvaroLuizMatos
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