SPOILERS ABAIXO:
Justiça tem mais haver com punição ou com o senso
comum de paz interior? Esses primeiros dois episódios abordaram esse senso de
justiça de forma interessante e polemica. Mas o que você acha certo?
Por mais que o maior foco desses episódios não
tenha sido o caso em que um pai se vinga de um criminoso que destruiu a imagem
de sua filha, esse foi o arco que mais me chamou a atenção pela carga emocional
e o tom de questionamento. Se a justiça humana é falha e cega todos sabemos,
mas será mesmo que a justiça com as próprias mãos pode e deveria ser louvada?
Qual a diferença entre a ética e a sua moral?
Esses são questionamentos comuns em toda e qualquer
situação onde a vitima se torna o agressor, e Luther entende que naquele
momento não existia uma justiça maior do que deixa-lo seguir com sua vida.
Em paralelo vimos um caso um pouco mais extenso que
foi pouco desenvolvido no primeiro episódio. Na realidade essa série não
procura mastigar e entregar toda a motivação de seus casos assim de cara, e por
isso é totalmente importante se prender a detalhes durante todos os cinquenta
minutos do episódio.
Dessa forma vimos nesse segundo episódio um
desenvolvimento muito maior desse arco, que deu sentido ao início, um bom
desenrolar e um desfecho interessante. É muito comum em séries inglesas que
esses casos sejam comuns, bizarros e que sirvam apenas de pano de fundo para os
plots paralelos. Se pararmos para pensar bem, esses dois episódios foram bem
aquém das primeiras duas temporadas, mas não deixaram de ter uma qualidade
igual ou superior a vários procedurais americanos.
Por fim, vale dizer que ainda espero um resgate
maior dos arcos da série, a última temporada terminou tão redonda que a
impressão que dá, é que não querem envolve-los correndo o risco de estraga-los.
Para mim Alice Morgan é peça essencial do roteiro e não poderia em momento
algum ter ficado apenas na citação.
Obs.: Muito legal esse novo romance de Luther,
espero que dê mais certo que seu último casamento.
Assista a promo do próximo episódio:
