SPOILERS ABAIXO:
“Não importa o nosso destino, levamos os estragos conosco. Corremos para o nosso lar ou fugimos dele, para nos escondermos onde somos aceitos incondicionalmente. Lugares que nos fazem sentir em casa. Assim podemos ser quem realmente somos”.
Sabe quando agente faz uma limpa no computador? Então, acabei apagando a minha review desse episódio. Por isso a demora. Acabei tendo que reescrevê-la novamente, mas infelizmente nunca fica igual.
Enfim, vou resumir o que eu já havia escrito.
Primeiro vale dizer que a única coisa que eu não gostaria nesse momento é ficar
ouvindo “casos de família”, pois pouco me importa se a menina usa ou não
maconha.
A presença dos filhos do Dexter serviu para que
aquela segurança que ele sentia passa-se por uma turbulência e desse a ele
ainda mais uma preocupação do como ele fará sua família ficar longe disso
tudo. Issak é hoje seu maior problema,
ou pelo menos o mais eminente, sendo assim o confronto direto começa com alguns
tiros, passa por Dexter matando alguém que deveria assassinar Issak e termina
com ambos sentando no balcão de um bar gay conversando abertamente sobre suas
diferenças.
Certamente foi uma das melhores discussões abertas
proporcionadas pela série desde seu inicio, tudo vem sendo trabalhado com a honestidade
e dessa forma quando Issak e Dexter se mostram tão próximos acaba por parecer
irônico que ambos queiram se matar. Naquele momento descobrimos também o que
estava por traz da obsessão pessoal de Issak por Dexter, pois Victor era mais
do que um amigo, era um amante.
Essa honestidade toda que vem marcando essa
temporada também se deu entre Dexter e Deb, aqui as coisas não ficam escondidas
por muito tempo e logo que Deb vê as chaves de Hannah ela percebe que Dexter
está acobertando aquela mulher. O dialogo dos dois acaba por abordar o amor de
Deb por ele e procura da um fim coerente ao assunto sem ter que escondê-lo como
se nunca houvesse sido abordado. Prefiro dessa forma, ao invés de agir como um João
sem braço e fingir que nada aconteceu.
Sabendo disso os roteiristas criaram um momento que
vai além dessa revelação e procura fazer com que Dexter sinta a importância de
sua irmã em sua vida e procure valorizar as suas relações. Vale dizer que
“Nunca na história desse seriado, tantas pessoas sabem o que Dexter é de
verdade”.
Outro ponto crucial para o episódio é a proximidade
de La Guerta com o caso BHB, ela parece está indo de encontro com algumas
suspeitas antigas sobre Dexter, mas acredito que isso deva estourar apenas no
final da temporada, levando essa ligação interessante para o ano seguinte.
Prefiro até não criar teorias, já que ainda não temos muitos fatos para
discutir.
O que eu realmente gostaria de abordar é o fato de
o seriado ter se reinventado. Se no inicio seu diferencial era o simples fato
dele ser um assassino e ter a aprovação por fazer isso, durante os anos seguintes
o diferencial foi o fato dele se descobrir e aprender com o mundo se poderia
ter ou não uma família, se poderia ser ou não aguem normal e ainda se poderia
amar, hoje a característica mais marcante na série é a sinceridade e até que
ponto essa exposição pode prejudicar Dexter.
O que vemos hoje é a série se encontrando em não
esconder fatos simples durante episódios e evitar que os fatos sejam
demasiadamente demorados. As coisas vêm acontecendo em ritmo alucinante e de
forma coerente, levando assim Dexter para o seu possível final com a corda no
pescoço. A calmaria com certeza acabou e daqui a diante acredito que tudo
aconteça ainda com mais dinâmica.
A outra review estava um pouco melhor, até porque
havia escrito depois de assistir, agora já se fez mais de dois dias e as
primeiras impressões acabaram fugindo um pouco. Peço desculpas se a review
ficou falha, mas continuem aqui conosco.
Veja a promo do próximo episódio de DEXTER:
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