SPOILERS ABAIXO:
E não é que é tudo muito bem montado?
Nunca esperei genialidade, mas acabei encontrando muita qualidade.
Quando foram noticiadas as novas séries para a Fall
Season escolhi algumas que minha intuição imaginara ter qualidade. Elementary
foi criticada desde o inicio por todos aqueles que são fãs de Sherlock Homes e
já iniciou sua temporada com um pré-conceito negativo muito forte, por outro
lado despertou a curiosidade das mesmas pessoas e trouxe pra si uma boa audiência.
Ciente da renovação da série podemos analisa-la
como um procedural e desossar toda a sua estrutura. Claro que não poderemos
comparar à maravilhosa Sherlock Homes exibida pela BBC de Londres, mas podemos
sim analisar os aspectos que dão qualidade a essa série.
Que tal começarmos pelo cenário? A ideia de
aproximar à realidade britânica a vida de Nova York a principio parece loucura,
porem com um cenário apropriado isso se torna irrelevante. A sofisticação unida
ao conservadorismo na hora de se montar o local em que vive Sherlock é um dos
trunfos utilizados para ambientar o personagem a uma cidade totalmente
diferente de Londres.
O próprio personagem traz em si o sotaque britânico
o que faz com que os fãs mais calorosos relevem está mudança. Ainda sobre a
construção do personagem fica nítido a ansiedade e a intolerância a espera típicas
de Sherlock Homes.
A presença de Lucy Liu também pode ser alvo de
criticas, muitos não gostam do trabalho da atriz e gostam ainda menos da
mudança completa do personagem Watson, vivido agora por uma mulher. Eu
particularmente gosto do trabalho da atriz, e com certeza a opção de mudança
foi para trazer uma dinâmica diferente para a série.
Ainda não vi em Elementary nenhuma iniciativa de
trazer contigo parte da história já existente sobre tal personagem, reforçando
a ideia de que o principal objetivo da série é criar um procedural de qualidade
que é característica da CBS.
Sobre os episódios, o primeiro teve o intuito de
nos apresentar os personagens e mostrar um pouco das características que são
diferenciais de Sherlock Homes, o caso foi bem montado porem não demandou uma
dificuldade enorme para o personagem. O segundo mostrou um pouco mais da dinâmica
entre Watson e Sherlock inserindo na história alguns personagens que deveram
ser importantes para a série, o caso foi interessante e cheio de reviravoltas,
eu particularmente me empolguei com as desconfianças e me decepcionei com o
final estilo “The Mentalist” mostrando uma encenação para enganar o publico e a
vilã. Já o terceiro episódio merece os meus parabéns.
Procedurais que agregam um Serial Killer a sua
história acaba por muitas vezes se saírem bem. O caso sobre o homem do balões
foi muito bem montado e roteirizado, os episódios veem seguindo uma linha de investigação
muito boa e criam com isso arcos interessantes e empolgantes. Vale dizer ainda
que a provável pena do verdadeiro assassino deve ser pequena o que demonstra
que os roteiristas já pensam no futuro da série e em um possível retorno do
personagem.
Jonny Lee Miller parece a cada dia mais confortável
com o papel, criando traços muito bem desenvolvidas para um personagem que lida
com uma inteligência anormal e convive com a luta contra a dependência. Os
casos não esbarram na obviedade de passarmos 50 minutos acreditando saber quem
é o culpado, a série desenvolve uma crescente nos episódios que tornam assistir
Elementary algo gostoso e interessante de ver.
Siga @SeriesEmFocoWeb
Compartilhe, comente e faça parte do Séries Em Foco
Veja a promo do próximo episódio de ELEMENTARY: